Festa das Colheitas 2017: Música, artesanato, tradição, agricultura, gastronomia e muito mais num autêntico hino ao mundo rural!


Vila Verde acordou hoje (04 de outubro) para receber de braços abertos uma das maiores feiras agrícolas de todo o país. A Festa das Colheitas / XXVI Mostra de Produtos Regionais assume-se como um evento de promoção das potencialidades do mundo rural e dos saberes e sabores da tradição minhota. A excelência da cozinha regional, os produtos do campo, a criatividade do artesanato, as recriações de práticas agrícolas, os espetáculos de música ao vivo e muito, muito mais, compõem um cartaz amplo e diversificado que anualmente atrai largos de milhares de visitantes ao concelho. Mais de 40 motivos (iniciativas) de interesse, que convidam a visitar e a ficar por Vila Verde, já que por esta altura diversos espaços de alojamento brindam os visitantes com promoções bastante atrativas. Uma vez mais, o que de melhor se faz em Vila Verde será difundido em grande destaque para o país e o mundo através da emissão de seis horas da TVI a partir do recinto, no próximo dia 08 de outubro.

A inauguração do certame decorreu durante a manhã de hoje, na tenda de conferências do recinto da Festa das Colheitas, localizado na Praça das Comunidades Geminadas (vulgo Campo da Feira), em Vila Verde. A sessão começou com um excelente momento musical protagonizado pela Tuna do Município de Vila Verde. De seguida, o padre Artur Gonçalves realizou a Bênção das Colheitas. Pouco depois, decorreram as intervenções dos três oradores, o presidente da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), José Mota Alves, o Diretor Adjunto da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Mário Silva, e o presidente do Município de Vila Verde, António Vilela. Aos oradores juntaram-se na mesa de honra os vereadores Manuel Lopes, Júlia Fernandes e Patrício Araújo. No final, houve tempo para um brinde e para degustar os deliciosos doces da Chocolataria Artesanal – Chocolate com Pimenta. 

“Vive-se de forma muito intensa a cultura e a tradição local”
O presidente do Município de Vila Verde começou por deixar uma palavra de forte apreço e reconhecimento às diversas entidades (instituições, associações, escolas, grupos folclóricos, empresas…) e até pessoas a título particular, que participam de forma ativa no evento e “fazem desta feira uma das maiores feiras agrícolas do país”. O recinto recebe este ano um número record de expositores (177), mas continua a haver lista de espera, tal é a procura. António Vilela prosseguiu recordando que o certame se insere na programação alargada Na Rota das Colheitas, que se estende desde o início de agosto até ao fim de outubro com dezenas de iniciativas um pouco por todo o concelho. “Ao longo destes meses fala-se de Vila Verde pela positiva e vive-se de forma muito intensa a cultura e a tradição local. É um cartaz turístico que promove e valoriza os saberes do mundo rural”, afirmou, sublinhando ainda a imensa criatividade e empenho que as populações colocam, de forma voluntária e altruísta, ao serviço do desenvolvimento e da valorização da sua terra. “Ao percorrermos o concelho, encontramos inúmeras igrejas decoradas com arranjos e quadros compostos por produtos agrícolas, são autênticas obras de arte”, vincou o edil.

Vila Verde: 585 novas empresas em apens quatro anos!
António Vilela prosseguiu destacando o grande desenvolvimento do setor agrícola no concelho de Vila Verde, em diversas áreas de cultivo (pequenos frutos, cogumelos, vinho…). “Não estamos a desperdiçar as nossas potencialidades. Nos últimos anos, Vila Verde foi um dos concelhos que atraiu mais projetos de jovens para o setor agrícola”, referiu. No entanto, o desenvolvimento económico do concelho não se resume à agricultura. “Os dados recentes mostram uma grande vitalidade de diversos setores da economia em Vila Verde. Só nos últimos quatro anos, foram criadas 585 novas empresas no concelho. Vila Verde está a crescer a um ritmo de 3%, portanto, posiciona-se acima da média nacional em termos de criação de emprego e de desenvolvimento económico”, disse o presidente do Município de Vila Verde, acrescentando que esta estratégia incita “a fixação de pessoas e a valorização do seu potencial, o desenvolvimento do território e a criação de atratividade”.

Festa das Colheitas leva “o nome do concelho muito além das fronteiras da região Norte e do país”
Por sua vez, o presidente da ATAHCA frisou a importância da Feira Mostra de Produtos Regionais, que “tem crescido ao longo dos anos e já levou o nome do concelho muito além das fronteiras da região Norte e do país, é um excelente porta estandarte do concelho de Vila Verde, das diversas potencialidades do território”. José Mota Alves prosseguiu frisando a excelente dinâmica agrícola que se vive hoje no território vilaverdense. A título de exemplo, apontou o setor dos pequenos frutos que, apesar da tenra idade (é uma aposta recente, tem cerca de cinco anos), representa já um volume de negócio de um milhão de euros e “espera-se que possa chegar aos sete milhões de euros daqui a três ou quatro anos”. O presidente da ATAHCA sublinhou ainda o papel preponderante do Município de Vila Verde neste processo, através da “isenção de taxas em projetos agrícolas, pelos incentivos à fixação de pessoas e muitas outras medidas de valorização do território”.

Uma aliança harmoniosa entre tradição e modernidade
O Diretor Adjunto do DRAPN também não poupou elogios ao trabalho desenvolvido pelas instituições vilaverdenses. “Quero felicitar o Município de Vila Verde pela 26ª edição da Festa das Colheitas, um evento que expõe e promove produtos agrícolas e agroalimentares, bem como o artesanato local. A Festa é um marco muito importante na região e contribui de forma significativa para o desenvolvimento de Vila Verde e de toda a região do Cávado”, afirmou Mário Silva, que concluiu a sua intervenção citando uma frase do presidente do Município de Vila Verde, António Vilela. “Valorizar o que é tradicional sem deixar de apostar na inovação e na criação de condições para que as atividades rurais ganhem competitividade é um desiderato fundamental para se conseguir a sustentabilidade do muno rural e para incentivar jovens empreendedores a avançarem com projetos que criem riqueza e emprego”, rematou.

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