Vila Verde. Festa das Colheitas é “homenagem aos agricultores e ao mundo rural”
Está dado o pontapé de saída na Festa das Colheitas – XXIX Feira Mostra de Produtos Regionais de Vila Verde, uma iniciativa que se afirma como uma “homenagem aos agricultores e ao mundo rural”. As palavras são do presidente do Município de Vila Verde, António Vilela, e foram proferidas durante a sessão de abertura do certame, que decorreu ao final da tarde de ontem, 7 de outubro. Produtos do campo, animais vivos, máquinas agrícolas, artesanato, música ao vivo, gastronomia e muito mais, num evento que se prolonga até ao próximo dia 10 de outubro.
“Ao
longo dos anos, os agricultores insistiram e persistiram. É preciso muita
resiliência para ter êxito na atividade agrícola. Gostaria de enaltecer o
trabalho desenvolvido pelos agricultores e empresários agrícolas”, afirmou o
edil. António Vilela prosseguiu sublinhando a velha máxima de que quem vai
sozinho chega mais rápido, mas quem vai acompanhado chega mais longe. Tanto no
sucesso da Festa das Colheitas, que é “fruto da união de forças e vontades”,
como no posicionamento e na capacidade de resposta perante a exigência dos
mercados.
António
Vilela sublinhou a importância de criar e dinamizar organizações de produtores que
sejam responsáveis pelo crescimento e pelos mecanismos de aproximação ao
mercado, criando as bases que estabeleçam circuitos de comercialização.
Agricultura
cresce em Vila Verde
Presente na sessão,
a Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte realçou o “forte dinamismo
agrícola no concelho”. Carla Alves sustentou a sua afirmação com a força dos
números do mais recente recenseamento agrícola, onde Vila Verde sobe em quase
todos os indicadores.
A título de exemplo,
apontou o aumento da superfície de área cultivada e das culturas permanentes
como subidas consideráveis. Já na apicultura e na produção de pequenos frutos, fala
de uma subida exponencial. “Nos pequenos frutos de bagas, a área de cultivo
passou de 2 para 83 hectares”, revelou, acrescentando que, nos últimos 10 anos,
“o número de colmeias passou de 229 para 3.200”. Carla Alves aproveitou ainda
para anunciar a criação de legislação que viabiliza a criação de agrupamentos
multiprodutos.
Reforçar apoio
técnico de proximidade
Por sua vez, o
presidente da Associação das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA) não
escondeu a imensa satisfação por encontrar na XXIX Feira Mostra de Produtos
Regionais algumas variedades frutícolas que “já não via há vários anos”,
algumas das quais “estiveram quase extintas”. José Mota Alves referiu que esta
é uma das particularidades da Festa das Colheitas, “dá-nos a conhecer o que de
muito bom tem o nosso concelho”.
Por outro lado, frisou
a importância de recuperar e fortalecer o “apoio técnico de proximidade ao
agricultor”, um serviço que considera de “extrema importância”, já que diferentes
regiões do país têm, naturalmente, diferentes características e necessidades.
Música ao vivo animou a festa
A
noite do primeiro dia encerrou com dois espetáculos de música ao vivo. Rogério
Braga regressou a um palco onde já foi feliz, mas desta vez veio acompanhado
pela banda. A plateia vibrou do primeiro ao último minuto com um Pop/Rock irreverente
adornado com laivos de Funk, Jazz ou Blues que lhe conferem uma sonoridade
própria, tanto nos ‘covers’ como nos temas originais.
De
seguida, a música tradicional animou o serão. Com uma energia contagiante e um
repertório musical bastante eclético, Sérgio Mirra Trio percorreu todos os
pontos cardeais para levar os espectadores numa viagem à descoberta das raízes
musicais do nosso país. Do Minho ao Algarve, sem esquecer as ilhas, houve sons
populares para todos os gostos e feitios num concerto muito alegre e animado.
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