Arranjos com produtos agrícolas deram novo brilho à igreja de Escariz S. Mamede
Os ‘Sabores da Terra’
regressaram no passado fim de semana, 24 e 25 de outubro, a Escariz S. Mamede,
trazendo consigo um mar de gente que não enjeitou a oportunidade de se juntar à
festa. A iniciativa, inserida na programação turístico-cultural Na Rota das Colheitas,
tem-se afirmado ao longo dos anos como uma verdadeira montra do que de melhor e
mais tradicional a freguesia tem para oferecer. Como manda a tradição
escarizense, por esta altura os arranjos com produtos agrícolas colhidos da
terra pelas mãos calejadas dos produtores locais dão um brilho especial à
igreja paroquial, ornamentada com os produto típicos da época de colheitas. No
local, não havia quem ficasse indiferente. O trabalho artesanal, elaborado com
muita criatividade e minúcia, arrancou chuvas de elogios dos visitantes,
siderados com a criatividade e talento artístico dos atores locais.
No entanto, durante os
dois dias não faltaram motivos de interesses para os que decidiram embarcar em
mais uma emocionante viagem pelas raízes da tradição minhota. Na tasquinha
regional, homens e mulheres desdobravam-se em esforços para terem ‘sempre a
sair’ algumas das mais afamadas iguarias da cozinha minhota, acompanhadas por
um bom vinho verde da região. A poucos metros, os produtores escarizenses
comercializavam produtos agrícolas (cultivados de forma tradicional e de
qualidade garantida), animais vivos e vários artigos caseiros. O festival de folclore,
na primeira noite, e o encontro de tocadores de concertina, na tarde de domingo,
garantiram a animação do recinto, num evento em que a música popular assumiu
papel de relevo.
Paciência, criatividade e muito engenho
A vereadora da cultura,
Júlia Fernandes, não poupou elogios ao trabalho desenvolvido pela comunidade na
ornamentação da igreja. “Uma exposição lindíssima, com obras de arte de grande
beleza. Escariz S. Mamede continua a surpreender-nos a cada ano que passa, com
uma decoração fantástica, um trabalho de paciência e muita criatividade, que é
desenvolvido com grande carinho e muito bom gosto pelos escarizenses”, afirmou,
acrescentando que o evento tem contribuído em grande escala para a implementação
de uma forte dinâmica na freguesia. “Há uma grande dedicação por parte das
pessoas em prol de uma causa comum. A iniciativa arrancou com o intuito de
angariar receitas extra para realizar algumas obras na freguesia, a população
mobilizou-se e, ano após ano, demonstra este bairrismo e esta vontade de fazer
mais e melhor, de contribuir para o desenvolvimento da sua terra”, concluiu.
“Fazermos das nossas raízes e das nossas tradições
um fator de crescimento do concelho”
Por seu turno, o
presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, deixou uma
saudação especial para todos os que contribuíram para a organização dos ‘Sabores
da Terra’ e para todo o público que compareceu, garantindo que tradição
continua bem viva. O edil deixou também uma palavra de apreço aos responsáveis
pela decoração suis generis da igreja
paroquial, que “conceberam autênticas obras de arte com os nossos produtos da
terra, garantindo uma decoração única e excecional”. António Vilela ressalvou
ainda a importância da dinâmica implementada no território pelas iniciativas
inseridas Na rota das Colheitas, que permite uma programação ininterrupta ao
longo de quatro meses, que demonstra claramente que “as pessoas acreditam na
nossa aposta de fazermos das nossas raízes e das nossas tradições um fator de
crescimento do concelho, que aumente a visibilidade e atratividade do nosso
território”. O presidente da União de Freguesias de Escariz S. Mamede e Escariz
S. Martinho, Adelino Machado, deixou um agradecimento sentido a todos os
habitantes locais que continuam a participar no certame e a garantir que os ‘Sabores
da Terra’ continuam a dignificar e a levar bem longe o nome da freguesia e do concelho.
Adelino Machado lembrou ainda os principais predicados (música, gastronomia e
produtos caseiros) de uma iniciativa cuja reputação já ultrapassou largamente
as fronteiras do território vilaverdense.
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