Mais de três dezenas de expositores em Vila Verde para a Mirtifrutos – Feira Nacional de Pequenos Frutos!


A Praça de Santo António, em pleno centro da sede do concelho de Vila Verde, prepara-se para receber mais de trinta expositores (entre produtores de pequenos frutos, associações de produtores e produtores de derivados e transformados), que chegam ao coração do Minho para participar na primeira edição da Mirtifrutos – Feira Nacional de Pequenos Frutos, de 13 a 15 de agosto. Para garantir o conforto dos visitantes, o recinto contará também com o serviço de dois bares, uma chocolataria, uma pastelaria e uma roulotte de gelados artesanais, que vão utilizar os pequenos frutos aguçar a criatividade nas respetivas áreas de especialidade. O programa de três dias inclui ainda momentos culturais, com folclore, música popular e uma feira de artesanato que vai colocar em evidência o talento dos produtores locais.

Frutos frescos e produtos transformados

O programa da Mirtifrutos foi apresentado à imprensa durante a manhã de hoje, 10 de agosto, na Sala de Conferências dos Paços do Concelho. Presente na sessão, o presidente do Município de Vila Verde explicou que a Feira Nacional de Pequenos Frutos se enquadra na visão estratégica de valorização das potencialidades locais para incrementar a criação de riqueza e fomentar a prática agrícola. Durante os últimos anos verificou-se um crescimento exponencial da quantidade e da área de explorações de pequenos frutos no concelho, o que fez aumentar consideravelmente o peso do setor na balança comercial vilaverdense e levou ao aparecimento da iniciativa.
“Dados do Ministério da Agricultura mostram que, em todo o Norte do país, Vila Verde foi o terceiro concelho na lista do maior número de jovens instalados e a liderar explorações agrícolas. São mais de uma centena de jovens agricultores, com investimentos e projetos aprovados que no total rondam os 10 milhões de euros, em que se destacam os dos pequenos frutos, cerca de 70. As explorações de mirtilo, por si só, contabilizam uma área que ronda os 80 hectares”, afirmou o edil. O sabor delicioso e os inúmeros benefícios para a saúde decorrentes do consumo regular de pequenos frutos são fortes atrativos e a dinâmica comercial vai continuar a aumentar com o aparecimento de diversos produtos transformados, como as compotas, geleias, sumos, gelados, cocktails e até sabonetes.

“Empregabilidade e criação de riqueza”

Com as candidaturas da ATAHCA a fundos europeus abertas, António Vilela aproveitou para relembrar a importância destes investimentos para a requalificação e crescimento da agricultura vilaverdense e para frisar que que encara o futuro com confiança. “Com o apoio das medidas comunitárias e a capacidade criativa das nossas gentes e empresas, daqui a algum tempo esta será certamente uma grande área de empregabilidade e criação de riqueza no concelho de Vila Verde. Esta é a nossa estratégia, tirar partido das potencialidades do território, e está comprovado que a qualidade dos nossos mirtilos é de excelência”, afirmou o presidente do Município, lembrando que a Mirtifrutos s insere na programação turístico-cultural Na Rota das Colheitas, que, de agosto a novembro, se desdobra em mais de 30 iniciativas dedicadas à promoção da tradição e da cultura minhota.
António Vilela deixou também uma palavra de apreço à ATAHCA, associação sediada em Vila Verde que é parceira nesta iniciativa. “Tem sido um parceiro essencial do Município e de promoção e apoio de projetos do Município associados às medidas de desenvolvimento e também a eventos como o que estamos a apresentar, de promoção do território e do mundo rural”, referiu, relembrando que o Município de Vila Verde tem em vigor medidas de estímulo económico, que isentam de taxas municipais todos os investimentos nas áreas da Agricultura e do Turismo.

Miritilo: Mil milhões de toneladas previstas para 2018

Por sua vez, o presidente da ATAHCA começou por avançar com projeções entusiasmantes para os próximos anos, revelando que se prevê que em 2018 o concelho de Vila Verde esteja a produzir mil toneladas de mirtilos, o que equivale a uma receita na casa dos três milhões de euros. Mota Alves revelou o enorme orgulho que sentiu quando “o mirtilo de Vila verde foi referenciado como o melhor do país” e aproveitou também para lançar um desafio. “Temos um clima excecional para produzir outro pequeno fruto, a Baga de Sabugueiro, com imensas aplicações na cosmética e farmacêutica”, afirmou, deixando rasgados elogios à posição do Município nesta matéria.

Candidaturas abertas para apoios comunitários

 “É desta dinâmica, destes municípios e destas parcerias que precisamos para rentabilizar os recursos. Queremos manter a dinâmica no novo quadro comunitário para que Vila Verde continue a ser um território de referência nacional pelo investimento, pelas condições que cria para fixar pessoas e por fazer o melhor aproveitamento da terra”, vincou Mota Alves, deixando ainda algumas informações adicionais. “A atenção que o Município tem dado a quem se instala no concelho, com isenção de taxas e outras medidas, é uma excelente forma de impedir o despovoamento e até de repovoar. Estamos num concelho muito atrativo, próximo de Braga, Porto e Espanha, perto das grandes vias de comunicação e com uma enorme quantidade de água doce, dos rios, ribeiros e riachos que se espalham pelo território e criam condições muito favoráveis para a agricultura”, afirmou o presidente da ATAHCA.

Estão abertas até ao dia 9 de setembro as candidaturas de apoios comunitários para pequenos investimentos agrícolas, entre mil e 40 mil euros. Para montantes entre os 10 e 220 mil euros as candidaturas terminam a 6 de setembro. Em breve vão estarão disponíveis para diversificação da atividade agrícola, devendo o prazo de inscrições estender-se até outubro.


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