Pisada de uvas, gastronomia e desgarradas atraem enchente no 2º dia da Festa das Colheitas
O recinto da
Festa das Colheitas de Vila Verde foi invadido por um autêntico mar de gente
que não deixou escapar a oportunidade de sentir na primeira pessoa o genuíno
pulsar do mundo rural. O certame contou com o entusiasmo da 11ª Festa do Vinho,
uma iniciativa que deu a oportunidade de provar várias marcas de vinho, e com a
agitação dos restaurantes e das tasquinhas que prepararam iguarias de sabores tradicionais
inconfundíveis. A estes predicados juntou-se a recriação fiel de uma pisada de
uvas tradicional e um espetáculo ao vivo que reuniu no Palco das Colheitas
alguns dos melhores cantores /e cantoras) de desgarradas da nossa região, acompanhados
a preceito por exímios tocadores da música popular do Minho. O resultado não
poderia ser outro: enchente em Vila Verde. A palestra sobre a segurança
agrícola, os diferentes concursos de artesanato (mel, marmelada e geleia), a
dinamização de ateliers e a mega-aula intergeracional foram outras iniciativas
que decorreram durante o dia.
A dinâmica da
Festas das Colheitas vive-se em grande força e a manhã de ontem foi exemplo
disso mesmo. No auditório da Escola Profissional Amar Terra Verde, a Confederação Nacional de Agricultura levou
a cabo uma palestra intitulada ‘O setor Agrícola: Segurança e Instrumentos de
apoio/PDR 2020’, uma sessão de informação e sensibilização para promover a
segurança na utilização de vários utensílios agrários. Pela mesma hora (10h00),
a EPATV e a Escola Secundária de Vila Verde realizaram uma dinamização de Ateliers.
O programa matinal chegou também a convidar artesãos a escolher uma peça única
que revele criatividade e engenho para entrar no concurso de artesanato. Foram vários
os artistas que aceitaram com bom agrado a iniciativa e que, agora, aguardam os
resultados com as melhores classificações. Já mais próximo da hora de almoço e
com a intenção de abrir o apetite, a 11ª edição da Festa do Vinho abriu portas
para doze horas de uma explosão de cheiros e sabores distintos com várias
provas de vinho de diferentes marcas. A par disso, na tenda da gastronomia decorria
o popular Festival Gastronómico com um dia de especialidades regionais. O convite
dos prazeres culinários não ficou só por aí e para continuar a deixar as
pessoas com água na boca, o programa incluiu concursos de doces (mel, marmelada
e geleia), na tenda das conferências. Para queimar as calorias e promover o
desporto, a Rede Social do Município de Vila Verde promoveu a Mega Aula das
Colheitas-Intergeracional, deixando todos participantes cheios de boas
vibrações.
A tradição
ainda é o que era
As recriações
de práticas agrícolas ancestrais reavivam memórias e ensinam às gerações mais
jovens os hábitos e costumes de um povo que não esquece as raízes. Que encontra
celebra a tradição que herdou dos antepassados e nela encontra forças para
enfrentar os desafios do presente e do futuro. Ao início do serão, as uvas
chegaram à eira improvisada transportadas por um carro de madeira conduzido por
uma junta de bois. Atrás seguia o Rancho Folclórico de Prado S. Miguel, com acordes
e cantigas que ecoavam e animavam o recinto.
O cenário
encheu-se de roxo com as uvas a ganhar protagonismo numa eira improvisada. Logo
a seguir, o fruto da vinha foi carregado para as dornas de madeira antigas pela
valentia dos homens. O momento alto chegou com a ação propriamente dita: a
entrada de duas pessoas para a ‘banheira’ de uvas. Entretanto, as melodias da
música popular continuavam a alegrar os muitos espectadores e a merenda farta
chegou para todos. Além do vinho, o carro dos bois em jeito de mesa segurava as
broas e postas de bacalhau caseiras, um momento que foi partilhado por toda a
gente com muita animação e convívio.
Banho
de multidão para as desgarradas
Já pelas 22h30, o Palco das Colheitas
foi o centro das atenções com um conjunto de artistas da região do Minho para
mostrar a força das desgarradas. Ao som dos tocadores Silva de Braga, Nandinho, Né e Zé de Braga, os cantadores Anjinho,
Diana, Pedro Malheiro, Maria Celeste, Duarte da Póvoa, Sara de Gaia, Irene de
Gaia, Adília de Arouca, Zé Cachadinha e Loureiro de Barcelos subiram ao palco
para alegrar os muitos visitantes com as letras jocosas. O público não se fez
rogado e compareceu em massa, criando uma bela moldura humana que ajudou a dar
ainda mais brilho ao serão. Entre gargalhadas e chuvas de aplausos, a plateia
não se fartou de agradecer aos artistas e organização por uma noite
inesquecível.
Hoje, é dia de celebrar a cultura do
cavaquinho!
Como já é habitual no programa da Festa das
Colheitas, há um dia reservado para o tradicional cavaquinho. Logo pela manhã
de hoje (5 de Outubro), dá-se o Encontro Nacional de Tocadores de Cavaquinho,
uma iniciativa co-organizada pela Fundação INATEL e pelo Município de Vila
Verde com o apoio do Grupo de Cavaquinhos de Soutelo. Das 10h até às 19h30, o
Palco das Colheitas recebe mais de 500 tocadores dos mais pequenos aos mais
graúdos para promover e divulgar a cultura do instrumento de cordas. Um dos pontos forte da parte da noite é o
espetáculo musical de “Carlos Ribeiro com a Banda” acompanhado pelo convidado
especial José Figueiras, uma novidade que promete dar motivos de grande
entusiasmo. O concerto contará com várias músicas de índole popular e está marcado
para 22h30, no Palco das Colheitas.No decorrer do dia, destaque também para a exposição
e oficinas de instrumentos de cordas, bem como as esculturas em madeira do
talentoso Emanuel Curtot. Com o 13º Festival Gastronómico sempre a dar gás do almoço até ao jantar, a programação continua em
grande com a emblemática desfolhada minhota às 21h. Uma atividade que
será animada pelo Rancho Folclórico de Aboim da Nóbrega, no recinto da Feira Mostra.
Comentários
Enviar um comentário
Na Rota das Colheitas 2016. Obrigada pelo seu comentário.