Aboim da Nóbrega prepara a 10ª edição da tradicional Malhada do Centeio
Mais um ano passou e chega a altura de outra Malhada do
Centeio organizada
pela Junta da União de Freguesias de Aboim da Nóbrega e Gondomar,
inserida na
programação Na Rota das Colheitas, do Município de Vila Verde. É a
10ª edição
de uma iniciativa que, no dia 10 de agosto (sábado), pelas 17h,
procurará levar
o público numa viagem ao passado, através da
recriação de uma
malhada de centeio tradicional. A prática agrícola irá realizar-se
de acordo
com os moldes antigos e não irão faltar as alfaias antigas nem os
trajes da
época. Para animar a malhada, haverá música popular e o típico
merendeiro no
final. A entrada é gratuita e aberta à população.
Não seria uma festa tradicional, se não houvesse atuação do
rancho da
freguesia. Assim, o cenário do Lugar do Souto fica bem composto
para começar a
malhada. Em primeiro lugar, é preciso espalhar o centeio seco pela
eira de
pedra. Depois, os malhos de madeira, brandidos pelos homens, vão
quebrando violentamente
o cereal dourado. Tal como em tempos que já lá vão, aos poucos
instala-se uma
disputa amigável entre os dois grupos.
As mulheres não entram nesta contenda, mas também têm o seu
momento de
trabalho. Cabe-lhes organizar o centeio entre malhadas e recolher
as sementes
que se soltam. Esta tarde de festa e de relembrar outros tempos
está carregada
de sons pujantes e cheiros próprios. Todo este trabalho é duro
para com o
corpo, mas há vinho verde bem fresco para dar uma nova energia aos
trabalhadores. Para dar ainda mais ânimo à festa, não faltam
cantigas e danças
populares. No final de uma árdua tarde de trabalho, há uma merenda
recheada com
os mais variados petiscos, que é partilhada com todos os presentes
na festa.
Pataniscas, broa caseira e presunto são algumas das iguarias
colocadas em cima
da mesa. Para ajudar a empurrar o lanche reforçado, bebe-se
uma malga do
vinho verde regional.
A Malhada do Centeio acontece numa altura em que a população
de Aboim da
Nóbrega aumenta com a chegada dos filhos da terra que estão
emigrados em
diferentes países. Contudo, não são só habitantes locais e
emigrantes que são
atraídos por esta festa tradicional minhota. Em anos anteriores, a
iniciativa
atraiu vários turistas estrangeiros, principalmente de origem
alemã e belga. De
acordo com os organizadores, o evento pretende manter viva a
tradição, afirmando-se
como uma excelente oportunidade para os mais velhos reviverem
memórias e
histórias e para os mais novos aprenderem os saberes tradicionais.
Comentários
Enviar um comentário
Na Rota das Colheitas 2016. Obrigada pelo seu comentário.